segunda-feira, 25 de agosto de 2014

[TACROOM] SEGURANÇA (2): PORTE DE ARMA DE FOGO DURANTE PARTIDA DE AS.



Hop!

Moçada, como não poderia deixar de ser, lá vamos nós para mais um assunto polêmico que - ao meu ver - tem ligação com o tema "Segurança", que é: Praticante portando ARMA DE FOGO no local e/ou durante partida de AS.

Esse tema é deveras complexo, por isso tento abordar abaixo alguns pontos que considero importantes, mas que estão longe de ser os únicos ou os mais corretos. 



Free Zone!




O PRIMEIRO PONTO: Jogador armado no LOCAL do evento:

Para criarmos uma linha de raciocínio, vamos tentar elencar os pontos e porquês de um jogador estar armado no local onde esteja acontecendo uma partida de AS:

1) O jogador tem porte legal de arma.
2) O jogador é membro da segurança pública (policial ou militar) e está com sua arma pessoal.

Notem que em ambos os casos, não há aspecto ilegal algum, pois é direito do cidadão estar armado no local do evento (claro que ele não precisa adotar uma postura ostensiva, nem querer chamar atenção dos participantes com sua arma de fogo) 
Este cenário é o "mais tranquilo", pois o cidadão estará presente mas não efetivamente "em campo". Havendo convívio harmonioso entre os presentes (e é o que se espera), tudo ok.


Obs.: Por motivos óbvios,  não comentarei sobre jogadores que - por ventura - estejam no local do evento com arma de fogo ilegal. Este tipo de pessoa não deveria estar lá, por mais "bem intencionada" que seja, afinal, estar nessas condições dentro de um evento de AS (independente de out game ou in game) já é - por si só - um enorme problema e, porque não dizer, caso de polícia.


Nosso camarada diz: "Apenas AS!"


SEGUNDO PONTO: Jogador armado DURANTE o evento:

Sabemos que na prática do AS nem sempre os locais são "100% seguros" (aliás, existe local assim?), mesmo os jogos ocorrendo em áreas privadas, em sua grandessíssima maioria estas são afastadas dos grandes centros urbanos e - por muitas vezes - parcialmente ou completamente abandonadas. 

Soma-se a isso a presença de novos jogadores, onde apenas um (com má índole e objetivos escusos) poderá render os demais e roubar os equipamentos, isso se não tivermos (bate na madeira 30x) uma tragédia pior!

Talvez o leitor mais sensível, nesse momento, esteja pensando: "Que absurdo Aranha, isso não aconteceria, todos são pessoas honradas e não fariam uma coisa dessa...
Eu diria: Tem certeza? Colocaria sua mão no fogo?

Camaradas, o  fato é que - infelizmente - não vivemos em um mundo perfeito onde as pessoas são 100% corretas, bacanas, confiáveis e desejam o bem para o próximo. É importantíssimo que cada "grupo, associação ou equipe" sérios, desenvolva algum tipo de mecanismo para dificultar a entrada dos aventureiros, pessoas que não tem e nem terão compromisso algum com a prática salutar e legal do esporte. 
Vale lembrar que de nada adiantará reclamar nas redes sociais depois da porta arrombada, já será tarde demais.


Sem armas...de fogo!


ANALISANDO OS POSSÍVEIS CENÁRIOS:

Levantado os motivos, vamos elencar alguns cenários para que possamos entender quão complexa é a questão:

Cenário 01 - O praticante é um antigo conhecido do grupo, tendo - inclusive - acompanhado e participado do crescimento do mesmo. Goza de ótima reputação, respeita as regras dos eventos e tem perante aos demais um nível de confiança alto. Não abre mão de estar armado durante os jogos, mas, para deixar os demais jogadores mais tranquilos, deixa sua arma de fogo em um local não convencional (diferente do usado no dia-a-dia) e sem munição na câmara (apenas com o carregador "encaixado"). 
Neste cenário, o risco de um acidente (por mais "adrenalizado" que nosso amigo esteja) é baixíssimo, pois muitos gestos motores e procedimentos cognitivos estarão envolvidos para acesso à arma, deixá-la em pronto emprego e realização do disparo.

Cenário 02 - O praticante é novato e membro de segurança pública. Está em seu primeiro grande evento e mantém sua arma de fogo pessoal em local costumas (em um coldre de perna, por exemplo) e "por ser quem é" não admite entrar em campo sem seu armamento real, com munição na câmara, inclusive.
Neste caso, o risco de um acidente é enorme! As variáveis "novato no esporte" + "fácil acesso à arma de fogo" fatalmente poderá desembocar no pior dos cenários.

Cenário 03 - O praticante (seja novato ou veterano) está com sua arma de fogo no local, mas admite em deixá-la dentro de seu veículo particular para que possa participar do jogo sem ela, tranquilizando assim os que estiverem "in game".
Neste caso, o risco de um acidente é nulo, pois o praticante estará desprovido do seu armamento letal, estando apenas de posse das armas de pressão para a prática do esporte.

Vocês percebem que existem ainda diversas variáveis que poderão ser inseridas nos cenários exemplificados acima, tornando-os sobremaneira mais complexos? 

  • Sub Cenário 01 - Um jogador (que não porta arma de fogo) não admite estar em campo com um jogador armado, mesmo que este armamento esteja em local não ortodoxo, gerando assim mal estar generalizado, atraso do início da partida, bate boca, etc.


  • Sub Cenário 02 - O jogador "novato", por ter um ego inflado (e bradar aos quatro cantos que é membro de segurança pública), diz que, além de não jogar sem sua arma de fogo, diz que a "fiscalização" não é de competência da organização, que não possuem "poder legal" para retirar o direito dele estar no jogo e não se submeterá a ela. Pior dos mundos, certo?


  • Sub Cenário 03 - Pela lei de Murphy (que diz: "Tudo o que pode dar errado, vai dar") o carro do praticante do Cenário 03 é arrombado e a arma de fogo levada. Para piorar, essa mesma arma de fogo é utilizada para tomar de assalto os equipamentos dos jogadores presentes ao evento.

Eu poderia ser amigo da onça e "apimentar" com outros exemplos, mas este post se tornaria grande e  cansativo, portanto, frente ao exposto, PARTICULARMENTE, creio que a melhor solução seria a opção pelo CENÁRIO 01, senão vejamos:

Tenho certeza de que o cidadão que tem o direito ao porte legal de arma de fogo (seja civil ou da área de segurança pública) jamais abriria mão de estar com seu equipamento consigo, principalmente em locais ermos e inseguros. Acredito, ainda, que o cidadão que goza do direito ao porte poderá, inclusive, prover segurança aos demais jogadores (que estarão apenas com suas armas de pressão para a prática), portanto vejo no CENÁRIO 01 a melhor opção, um meio termo que atende a expectativas básica que é: A SEGURANÇA PARA A PRÁTICA DO AS.
Esta segurança seria interna (do jogador para jogador, para a prática sem riscos) como externa (do jogador que porta arma de fogo, rechaçando eventual presença de bandido no local).

Notem que no fim, é difícil chegarmos a uma conclusão unânime, que agrade a gregos e troianos. Entretanto, o pior dos mundos é ignorar algo que pode acontecer a qualquer momento, inclusive, por termos crescente número de policiais (por exemplo) interessados em praticar o esporte.

E você, o que sugere?

Força & Honra!

Aranha

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