quarta-feira, 29 de julho de 2015

[TACROOM] TACTICAL TALK - 05!



SUPPRESSING FIRE!!!!!

Como diz o ditado: "Antes tarde do que nunca!"

Limpe seu headfone, tire a cera do ouvido, encaixe o magazine na sua AEG e libere o ferrolho, pois irá começar mais um TACTICAL TALK!

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*Agradecimentos!

*Dicas de AEG!
OBS.: ONDE FALEI G36 (nas armas que digo que são "exóticas") leiam (ouçam) G3.

*Temas Polêmicos!

*Temas mais polêmicos ainda!

*Análise de cenas & muito mais!

-LINK do filme GREEN ZONE (trecho comentado: 30:00 até 32:45)
https://www.youtube.com/watch?v=YSCwqKyNll8  

Baixe, clique, ouça, compartilhe, divulgue, critique!

Vamos debater!

Força & Honra!

Aranha

terça-feira, 28 de julho de 2015

[TACROOM] UM GRITO: EI, ACREDITE EM MIM! - por Sérgio Borges Néry*



Hop!

Sensacional texto de mais um leitor, colaborador e amigo de armas deste humilde espaço.

Quando recebo material tão rico quanto este (como todos os demais, a mim presenteados, pelos outros colaboradores), tenho a certeza que o esforço para que o Tactical Room cresça e se desenvolva, não foi em vão.

Prezado professor Sérgio, muito obrigado! Não imagina o quanto vibrei ao ler este belíssimo material.

Parabéns.

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"Um grito: Ei, acredite em mim!

Tenho ouvido dizer, agora com muito mais frequência do que antes, que as coisas não andam boas no Brasil. Não, não se trata de mais lamentação ou, pra ficar na moda, de mais mi mi mi. A coisa é concreta, é real. 

Sabe, sou um quarentão. Vi o rock nacional explodir, fui a comício das Diretas Já, senti na pele o que era uma inflação de mais de 80% ao mês, assisti pela TV – ao vivo – a promulgação da Constituição de 1988, votei, aos 16 anos, na eleição de 1989 (primeira direta para presidente da república). Hoje sou professor universitário, e leciono a disciplina de Ciência Política. Logo o quê... 
Enfim, tenho um pouco de vivência.

Em tempo mais recente, por gosto pessoal, me juntei ao tiro esportivo. E foi então que, mesmo depois de experimentar pagar 2% do valor do meu imóvel em taxa de registro ao cartório (preço de umas folhas de papel), mesmo depois de ser forçado a contribuir com o FGTS (poupança forçada sem rentabilidade), 
mesmo depois de ter que pagar licenciamento e seguro obrigatório para o meu carro (ora, não paguei o IPVA?!); me vi num turbilhão de Estado. 

A atividade esportiva de tiro não é nenhuma novidade. Regride ao aparecimento dele em si. Na Alemanha, o “Tiro ao rei” ainda é um marco. Nos EUA, a segunda emenda é considerada pela Suprema Corte daquele país como parte inalienável dos direitos fundamentais de qualquer cidadão. Na Suíça, os reservistas levam seu fuzil para casa, após a baixa nas forças armadas helvéticas. Em Israel, os militares portam fuzis, quando em folga, até na praia! E no Brasil?

Por aqui, o tiro nos deu nossa primeira medalha de ouro olímpico (Jogos da Antuérpia, 1920), com Guilherme Paraense.  Mas, desde então, vem sendo desprestigiado, desrespeitado, humilhado. A resposta para tanto descaso e desprezo repousa em referências antropológicas, sociológicas e políticas.

Parte da Antropologia defende que o ponto de vista a ser considerado será o do universo daquele que é objeto da pesquisa. Explico: o pesquisador, para entender a cultura do pesquisado, não pode empregar os seus padrões de referência. Isso quer dizer que o elemento cultural é sempre relativo, dependente das circunstâncias vigentes em cada porção do objeto investigado. Dessa maneira, não há fórmula geral que remedeie a compreensão integral de qualquer cultura. Pois bem, e o Brasil com isso?! Nós padecemos de uma cultura que flutua ao sabor de modismos, de regramentos e processos culturais cujo dinamismo confunde gerações conviventes. 

Em perspectiva sociológica mais fechada, nossa história republicana nos mostra que a sociedade brasileira, mantida alheia à educação e à autonomia, sempre precisou de um ícone de poder, um “timoneiro”, um tutor, uma autoridade. Nosso povo sempre foi desdenhado, sua capacidade negligenciada, seu ímpeto refreado. E tudo isso pela desconfiança do que um “gigante incapaz” poderia fazer “contra si mesmo”. Some-se a isso a natureza cordial dos tupiniquins. Não. Não sou apóstolo de que possamos viver a liberdade plena. Isso só valia no estado de natureza dos contratualistas. Existem cláusulas de convivência, e essas são sempre restritivas. O que pretendo dizer é: em nome de nossa segurança, acabamos presos.

A Política, por sua vez, nos informa que no Brasil a regra é o descrédito. Nossa prática política - legado do sistema burocrático português - sempre foi de não acreditar no ânimo, nas intenções e mesmo nas ações do cidadão. Dessa forma, o Estado ergueu castelos de empecilhos, obstruiu o crescimento, obscureceu as mentes, desfaleceu os espíritos e desencorajou nossa intrepidez. 
Tornamo-nos pequenos, autômatos, tímidos, hesitantes e servis.

Qual o reflexo de todo esse panorama acadêmico na vida cotidiana? O esportista do tiro, para iniciar-se, precisa contar pelo menos vinte e cinco anos de idade, tirar quatro certidões negativas no Judiciário, uma junto à Polícia Civil, apresentar cópia de documento comprobatório de ocupação lícita, de capacidade técnica de tiro (curso) e de aptidão psicológica. Depois, far-se-á uma vistoria na sua residência. Não há prazo para a concessão do Certificado de Registro (CR) respectivo, além de ser um ato – na prática – discricionário por parte da autoridade competente (Exército Brasileiro, para os desportistas). Não vou me alongar sobre o procedimento de compra de arma de fogo, pois este não é meu objetivo agora.

Mais recentemente, conheci o airsoft. Modalidade esportiva que cresce brutalmente no mundo inteiro, até no Brasil, apesar da nossa burocracia (pausa...). Juntei-me a uma equipe muito bem conceituada nacionalmente, pelos padrões de honra, mérito e lisura que apresenta. Na verdade, mesmo tendo praticado outros esportes ou atividades, senti, pela primeira vez – apesar de quarentão – que fui abraçado por uma família, que se diverte junta, conversa, briga, treina, viaja, se ajuda. O airsoft é uma atividade que reúne, que cria laços fraternais, que não se importa com condição social ou econômica, e se edifica sobre dois pilares: força e honra. Isso mesmo: dois princípios básicos da vida coletiva, que parecem tão esquecidos.

No momento em que o órgão estatal regulador faz expedir norma que restringe ainda mais a prática do airsoft em nosso país, de forma súbita, não debatida, injustificável e abusiva, meu coração aponta para três lembranças: os mais elevados valores devem ser preservados, à liberdade deve corresponder a responsabilidade, e, finalmente, às pessoas de bem, devem enxergar-se aliados.
Perdoem o desabafo.

Fortaleza, 24 de julho de 2015.

Sérgio Borges Néry"

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Força & Honra!

Aranha

TACTICAL ROOM
Dinamismo I Integridade I Mentalidade

quarta-feira, 22 de julho de 2015

[TACROOM] TIPOS DE RECARGA - ADMINISTRATIVA (ADMIN. RELOAD)



Hop!

Rapaziada, demorou mas saiu!

Após explicação e entendimentos que abarcam os conceitos relacionados à "Área de Trabalho", cá estamos nós dando continuidade ao blog, trazendo uma "pequena série" com os TIPOS DE RECARGA. Iniciaremos pela mais básica (mas não menos importante) e simples de todas, que é a RECARGA ADMINISTRATIVA.

Neste primeiro post falaremos sobre os conceitos, caraterísticas e procedimentos da "RA" (ou em inglês, "administrative reload"). Prestem atenção e procurem introjetar o conceito, através dele a a técnica será facilmente assimilada.

Nunca é demais lembrar que tudo que trazemos neste blog é direcionado única e exclusivamente para a prática salutar das atividades airsoft e paintball.

Antes das definições, é de fundamental importância mantermos nossa mente aberta para a absorção de novas técnicas, conceitos e informações. Só assim ampliarmos nossos horizontes e, por conseguinte, nossa caixa de ferramentas. O "copo meio vazio" é uma filosofia que devemos levar para nossa vida (dentro e fora dos eventos de AS & PB).

Não devemos desprezar nem pormenorizar nossa capacidade de avaliação, e - sobretudo - do poder de reflexão acerca de alguma nova informação. Conhecimento é poder; e nós, do Tactical Room, acreditamos piamente nisso!

Preparados? Vamos lá!

RECARGA ADMINISTRATIVA:

*CONCEITO:

A recarga administrativa tem por objetivo preparar, a contento, suas armas (AEG´s, AEP´s e GBB´s) antes das partidas e treinos. Através dela, faremos todas as verificações necessárias para que possamos iniciar a prática com os equipamentos devidamente preparados ("em condições de") para a ação.

*CARACTERÍSTICAS:

Não é realizada sob stress do combate
Deve ser realizada ANTES do treino e/ou jogo.
Pode ser realizada no "PMPO" (Ponto Mais Próximo ao Objetivo) caso seja possível e pertinente, todavia - em regras gerais - deve ser realizada ANTES do PMPO!



Recarregar e estar preparado ANTES do treino ou do jogo, 
essa é a essência da Recarga Administrativa


****ATENÇÃO - Antes de realizar a técnica descrita, tenha certeza que seu armamento está corretamente travado, apontado para local seguro e que todos no ambiente estejam com seus óculos de proteção devidamente colocados.****



*PROCEDIMENTO: (passo à passo)

Com todos os magazines devidamente plenos e alocados corretamente no colete / equipamento (porta magazines ou demais locais apropriados) o jogador irá:

a) Sacar sua arma do coldre (a mesma deverá estar devidamente travada)

b) Alimentar sua arma de pressão (começar pela secundária e ao final, partir para a primária)
 
Alimentar significa encaixar o magazine (municiado) no fosso do carregador (armamento) e empurrá-lo vigorosamente (mas sem forçar!) até que o mesmo encaixe ("clack"), travado e firme.
Faça uma checagem para ver se ele está realmente preso (não é raro acontecer perda de magazines que soltaram da arma durante os jogos).

c) Carregar sua arma de pressão (começar pela secundária e ao final, partir para a primária)*.
   
Carregar significa manipular o ferrolho ("slide") ou alavanca de manejo ("charging handle") para que a primeira munição (BB) vá para a câmara.

Realizar o "press check" e verificar se a BB está devidamente na câmara (executar com cuidado para não     retirar a "bolinha" do lugar).

O "press check" -na arma secundária-  consiste em (após carregar a arma de pressão) deslizar com a mão reativa levemente o ferrolho ("slide") para trás afim de verificar se a munição está corretamente alocada na câmara da GBB. Após a realização do "PC", dê uma leve batida com a mão na parte traseira do ferrolho para que você tenha a certeza de que ele travou no local correto.

*OBS.: Nas armas de pressão secundárias elétricas (AEP´s) NÃO existe a necessidade da execução da letra "B" devido ao ferrolho fixo.




Press Check sendo realizado em armamento real (apenas para fins ilustrativos). 
Na GBB, o jogador poderá realizar tal verificação, puxando para trás 
levemente o ferrolho da sua arma de pressão.


O "press check" -na arma primária -  consiste em (após carregar a arma de pressão) puxar levemente com a mão reativa a alavanca de manejo ("cahrging handle") para trás afim de verificar se a munição está corretamente alocada na câmara da GBB. Após a realização do "PC", solte de uma única vez o a alavanca para que ela retorne corretamente ao local de origem, mantendo a munição no local correto. 

*OBS.: Nas armas de pressão primárias elétricas (AEG´s) NÃO existe a necessidade da execução da letra "B" devido a alavanca de manejo não ser funcional para esta característica.

Press Check sendo realizado em armamento real (apenas para fins ilustrativos). 
Na arma longa GBB, o jogador poderá realizar tal verificação, puxando para trás 
levemente o "charging handle" da sua arma de pressão.


d) Coldreá-la novamente**.

    **Atenção: Antes de coldreá-la novamente, verifique a necessidade de mantê-la travada ou destravada, para que na "hora H", em que houver a necessidade do saque, você não seja "traído" pela trava da mesma.
        Este é um procedimento que cada jogador deverá avaliar no seu próprio equipamento, entretanto, devemos sempre, sempre sempre, nortearmos nossas ações baseados na SEGURANÇA de todos.

Percebam que para o armamento longo, o procedimento deverá ser basicamente o mesmo. A diferença será apenas no "press check" (no caso das GBB´s!), pois cada equipamento tem suas caraterísticas próprias relacionadas ao ferrolho/ alavancas. No caso das AEG´s, não haverá a necessidade do "press check".

Caso o jogador (em seu armamento longo) utilize Hi-Cap (cof-cof-cof), após encaixá-lo no equipamento e verificar se o mesmo está realmente preso, deverá girar a catraca até que a mesma dê o "clack". Caso contrário, na hora da realização do tiro, seu armamento NÃO IRÁ disparar nenhuma "bolinha", simplesmente porque não haverá munição na câmara do hop-up devido a falta de "pressão" da catraca nas BB´s (deixando de empurrá-las para cima).

Eu mesmo já presenciei jogador (durante treinamento de CQB) na hora H (da necessidade do disparo) perceber que faltou a "catracada final na rodinha". Nem preciso falar que foi motivo de "zoação" instantaneamente e durante todo o dia, não é mesmo? rsrsrs


*FINALIZANDO:

A recarga administrativa (ou "administrative reload") é uma técnica extremamente simples; desde seu conceito até sua execução, contudo, se negligenciada (em seu padrão) certamente deixará o jogador com cara de "COMO ESQUECI DISSO" bem na hora em que ele pressionar a tecla do gatilho e verificar que o magazine foi inserido sem "bolinhas" na AEG!

Deixarei alguns vídeos-conceito da manobra. Os dois primeiros são com equipamentos de AS (GBB´s) e os demais com armas de fogo. O mais importante é que tenham em mente que a "Recarga Administrativa" tem como base a correta preparação do(s) armamento(s) para que os mesmos estejam prontos e em condição de combate ANTES da entrada em campo.




Admin Reload - GBB Rifle



Admin Reload - GBB Airsoft Pistol


Admin. Reload Chris Costa (carbine)


Admin Reload Travis Haley - Slow Motion (shotgun)



Até o próximo post e muito obrigado!

Força & Honra!

Aranha

terça-feira, 14 de julho de 2015

[TACROOM] FODA-SE A MOTIVAÇÃO, O QUE VOCÊ PRECISA É DISCIPLINA!*



Hop!

Recentemente, ao navegar pelas redes sociais, deparei-me com o texto intitulado: "Foda-se a motivação, o que você precisa é disciplina!". 

Tal texto foi disponibilizado originalmente no site Papo de Homem e, por ter achado que ele nos traz conceitos uteis (lembre-se do MENTALIDADE, um dos pilares aqui do nosso blog), resolvi pedir permissão aos editores do Papo de Homem e postá-lo, na íntegra, por aqui. Agradeço aos mesmos a permissão e a gentileza de replicá-lo por essas bandas.

Mas antes do texto propriamente dito, deixo outro, que vi originalmente em um vídeo dos guerreiros da COPE (elite da PCSC), que dizia:

"Disciplina é o que mantém você focado e não deve ser confundido com motivação. 

Motivação, em algum momento irá cair, mas a disciplina é uma rocha firme o tempo todo.

Seja disciplinado no seu treinamento, se você está tendo um dia ruim é sua disciplina que irá mantê-lo empenhado".


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Foda-se a motivação, o que você precisa é disciplina!*
(*artigo originalmente publicado no blog Papo de Homem, todos os direitos reservados)

Levar as tarefas a cabo causa os estados interiores que procrastinadores crônicos acreditam que precisam para iniciar as tarefas

Para fazer qualquer coisa, há basicamente duas formas de se colocar numa situação em que aquilo efetivamente vai ser feito.

A primeira opção, mais popular e devastadoramente errônea, é tentar se automotivar.

A segunda, uma escolha um tanto impopular e completamente correta, é cultivar a disciplina.

Trata-se de uma daquelas situações onde adotar uma perspectiva diversa redunda em resultados superiores imediatamente. Poucos usos do termo “mudança de paradigma” são realmente legítimos, mas aqui temos um deles. É como acender a lâmpada em cima da cabeça.

Qual é a diferença?

A motivação, falando de modo geral, opera sob a presunção errônea de que é necessário um estado mental ou emocional particular para que uma tarefa seja realizada.

Isso está completamente invertido.

A disciplina, em vez disso, separa o funcionamento externo dos sentimentos e mudanças de humor, e assim ironicamente, ao melhorar as emoções de modo consistente, evita o problema.

As implicações disso são enormes.

Levar as tarefas a cabo efetivamente causa os estados interiores que procrastinadores crônicos acreditam que precisam para iniciar as tarefas em primeiro lugar.

Colocando de forma mais simples, não se deve esperar até se estar em boa forma para começar a treinar. Treina-se para se chegar à boa forma.

Quando a ação se condiciona pelas emoções, esperar um estado de humor ideal se torna uma forma particularmente insidiosa de procrastinação. Conheço isso muito bem, e gostaria que alguém tivesse me apontado isso vinte, quinze ou dez anos antes de eu acabar aprendendo a diferença ralando na vida.

Quem espera até ter vontade de fazer as coisas para fazê-las, está fodido. É exatamente disso que surge o temido círculo vicioso de procrastinação.



O ciclo da procrastinação



Eu farei isso mais tarde! -> Oh, eu sou tão improdutivo. -> Talvez eu devesse cogitar iniciar minhas tarefas... -> ...mas estou agindo da forma errada para realizar isso. (repete)


A essência de correr atrás da motivação é a insistência na fantasia infantil de que só devemos fazer as coisas que estamos a fim de fazer. O problema então se coloca da seguinte forma: “Como eu chego ao ponto de estar a fim de fazer o que eu racionalmente decidi fazer?” Isso é ruim demais.

A pergunta certa seria “Como deixo meu humor de lado e faço as coisas que conscientemente quero fazer, sem frescura?”

O ponto é cortar a ligação entre os sentimentos e as ações, e fazer a coisa de qualquer jeito. Você vai se sentir bem, energético e excitado depois de agir.

A motivação inverte tudo isso. Estou 100% convencido de que esta perspectiva defeituosa é o principal motor da epidemia de “sentar de cuecas jogando videogame e batendo punheta” que atualmente ataca os países desenvolvidos.

Também há problemas psicológicos na dependência da motivação.

A vida e o mundo reais algumas vezes exigem que se faça coisas com que ninguém em sã consciência conseguiria se entusiasmar, e assim a “motivação” se depara com o obstáculo insuperável de tentar produzir entusiasmo por aquilo que objetivamente jamais o mereceria. Fora a preguiça, a única solução é acabar com a sanidade das pessoas. Esse é um dilema horrível, e felizmente falacioso.

                                   

Tentar martelar o entusiasmo por atividades fundamentalmente chatas e miseráveis é literalmente uma forma de automutilação psicológica deliberada, uma insanidade voluntária: “GOSTO TANTO DESSAS PLANILHAS, MAL POSSO ESPERAR PARA PREENCHER A EQUAÇÃO PARA O VALOR FUTURO DA ANUIDADE, AMO TAAAAANTO MEU TRABALHO!”

Não considero episódios autoinfligidos de hipomania os melhores impulsionadores da atividade humana. É inevitável que ocorra algum tipo de compensação tímica com episódios de depressão, uma vez que o cérebro humano não tolera o abuso por tempo indeterminado. Estão presentes travas e válvulas de segurança. Ocorrem ressacas hormonais.

A pior coisa que pode acontecer é ser bem sucedido na coisa errada – temporariamente. Um cenário muito superior é reter a sanidade, o que infelizmente tende a ser confundido com fracasso moral: “Eu ainda não amo meu trabalho fútil de tirar um papel daqui e colocar ali, devo estar fazendo algo errado.” “Ainda prefiro comer bolo, e não brócolis, e assim não consigo perder peso, talvez eu seja fraco mesmo.” “Eu devia comprar outro livro sobre motivação.” Besteira. O erro crucial aqui é encarar essas questões em termos de presença ou ausência de motivação. A resposta é a disciplina, não a motivação.





Há outro problema prático com a motivação. Tem validade restrita, precisa ser constantemente revigorada.

A motivação é como dar corda manualmente numa manivela pesada para através disso obter uma grande força instantânea. No melhor dos casos, ela armazena e converte a energia para uma finalidade particular. Há situações onde ela é a atitude correta, exceções em que ficar superanimado e armazenar um montão de energia mental de antemão é o melhor a fazer. Corridas olímpicas ou fugas de prisões seriam casos assim. Mas fora esses casos limítrofes, ela é uma base terrível para o funcionamento regular cotidiano, e para qualquer coisa que exija resultados consistentes em longo prazo.

Em contraste a isso, a disciplina é como uma máquina que uma vez colocada em funcionamento, na verdade passa a fornecer energia ao sistema.

A produtividade não exige nenhum estado mental. Para resultados consistentes em longo prazo, a disciplina supera em muito a motivação, de fato a disciplina acaba correndo ao redor, humilhando a motivação.




Em resumo, a motivação é tentar encontrar aquela vontade de fazer as coisas. Disciplina é fazer mesmo se não se tem vontade.

Você se sente bem depois.

A disciplina, enfim, é um sistema que funciona, já a motivação é semelhante aos objetivos em si. Há uma simetria. A disciplina mais ou menos se autoperpetua e é constante, já a motivação é uma coisa meio aos solavancos.

Como se cultiva disciplina? Construindo hábitos – começando com coisas bem pequenas, com que se consegue lidar, coisas até mesmo microscópicas, e assim ganhando impulso, reinveste-se nela em mudanças cada vez maiores na rotina, dessa forma construindo um círculo virtuoso de retroalimentação positiva.

A motivação é uma atitude contraproducente. O que conta é a disciplina.

* * *

Nota: Este texto foi originalmente publicado no Wisdomination.com.
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Portanto, meus camaradas; seja no treino, nas "operações" ou na vida, vamos deixar a disciplina ser uma das nossas diretrizes, para que assim, possamos enfrentar - com êxito- as batalhas do dia a dia!

Não é fácil, mas...quem disse que seria?

Força & Honra!

Aranha

sexta-feira, 10 de julho de 2015

[TACROOM] TACTICAL TALK - 04!





Chegou a hora!

Depois de um longo e tenebroso inverno, cá estamos nós com nosso Tactical Talk 04!

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CLIQUE AQUI PARA OUVIR:
http://www.spreaker.com/user/tacticalroom/tr-tactical-talk-04
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*Agradecimentos!
*Polêmicas!
*Participações Especiais!
*Mais polêmicas!
*Análise de cenas & muito mais!

Baixe, clique, ouça, compartilhe!

Vamos debater!

Força & Honra!

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*Vinheta de Abertura* (00:00 - 00:30)
Abertura (00:31 - 7:07)

*Vinheta da seção "Novato"* (07:08 - 7:35)
Sessão do Novato (07:36 - 40:44)

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Participações Especiais via Texto:
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******Participação Coral (75 Regiment - RJ)*****

"Oi Aranha
Respondendo sobre FPS vou escrever aqui pq tou de molho com uma puta gripe, nem fui trabalhar de tal mal que estou.
O FPS não é tudo a minha TM mencionada por vc tinha 285 fps com 0.25. e a própria tinha uma precisão magnifica e nao perdia em nada por uma de 400fps. Enfim, o ponto aqui é que se vc tiver uma AEG com os ups certo com um cano de precisão e um excelente Hop up, e claro a própria BB de qualidade para poder viajar até onde vc quer o FPS alto vai ser só um coadjuvante. Meu conselho que esse pessoal  que está começando começe sempre pelo que a sua AEG está indicando 320, 350, 370fps. Aprendam com o fps baixo, assimilem a forma segura das regras dos eventos, e a medida que vc vai adquirindo experiência nos jogos vc já pode optar por upgrades inteligentes.(cano de precisão, hopup e BB de qualidade). Mesmo com um FPS baixo, e com experiência ao longo do tempo nao estamos menos propicios de acontecer acidentes mas com certeza será menos doloroso."


**********Participação do Diogo (G.R.O.T.A - BA)**********

"Então aranha, sobre o limite de fps em 400 para armas de assalto.
Diante mão minha opinião eh abaixar esse limite para 300 ou 330, visto que os combates sao abaixo dos 30m e em muitas equipe esse limite virou meta. E(talvez) por isso vemos os crescentes casos de acidentes no Brasil com airsoft.

1) Temos que saber sobre  as forças de que exercem dentro das gearbox (GB).
Dentre as forças que atuam no momento de disparo. ( antes e durante o disparo a bb ainda está saindo da arma) a mais importante para o mecanismo eh a força de impacto com que o pistão chega ao final do curso, na cabeça do cilindro, após a descompressão da mola. 
Muitas pessoas que procuram fazer um up grade desconsidera essa força e acaba tendo um problema com a GB. Existem algumas formas de suavizar essa batida,, mas não vem ao caso.

2) As Molas: 
As molas para airsoft  vem com numerações (M90, m100,  m120..) essa numeração significa o percentual de aumento (ou redução se a mola for abaixo de 100), o que quer dizer que a m100 eh a original daquele fabricante para aquele tipo de GB. exemplo uma mola m110 irá aumentar 10%  da original.
O que muitas pessoas não se atentam eh que fabricantes tem padrões diferentes e molas m100 em um arma pode aumentar muito o fps de outra e poderá até não servir. (Então se for comprar uma peça de reposição, compre do mesmo fabricante para o modelo da sua arma).

3) Distância efetiva x agrupamento.
A distância efetiva de tiro está relacionada não apenas com o fps, mas sim com conjunto de vazão de ar do cilindro mais aproveitamento de ar no cano.
Logo erra aquele que pensa que uma mola maior será a salvação para uma arma com a melhor pontaria.
o agrupamento de tiro,por sua vez eh independente de mola, e está relacionado diretamente com o diâmetro interno do cano.
Com o cano interno menor, a bb sai com mais constante e pouca energia eh perdida com correção do desvio de trajetória. A bolinha tem um aproveitamento melhor em cada disparo.

4) Mais importante: Fair Play.
O airsoft eh um esporte de caráter recreativo (visto que não há competições ou ganhadores).
Então não há motivo para querer  machucar o colega. Tenho visto muitos "acidentes" com airsoft que sou a favor da redução do limite do fps.
A maioria dos jogos são em área de cqb ou a distância de combate eh menor que 30 metros (até em áreas de mata). Eh possível deixar uma arma de airsoft precisa nos disparos com o fps muito mais baixo que os 400 que está adotado no Brasil

5) Honra: muitas pessoas  estão querendo aumentar o fps da arma porque o colega (muitas vezes da equipe) não estão se acusando. Para essas pessoas que não se acusam temos que mandar ir jogar boliche sem pino, saltar de para quedas sem o para quedas. Pq esse tipo de cara não tem o pilar principal do airsoft que eh a HONRA. Essa mentalidade que  tem que ser difundida. Esse FDP não serve para praticar airsoft, nossa diversão depende de todos se acusarem quando tomarem um tiro."


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Participações Especiais via Áudio:
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Participação Amarílio (Galos de Briga - MG)
Participação Kinas (Recon Unit - SC)
Participação Lauriano (DevGru - RJ)
Participação Marcelo Utsch (Galos de Briga - MG)
Participação Pajé Tapuia (Escorpião Pelotão B - Natal)
Participação Pedro (SO4 - RJ)
Participação Tarso (GRR - RJ)

*Vinheta Tema Principal* (40:45 - 41:03)
Tema Principal (41:08 - 57:34 )

*Vinheta "Filme"* (57:35 - 57:59)
Discussão sobre cena do filme: PROVA DE VIDA (58:00 - 01:08:52)

*Vinheta "Agradecimento"* (01:08:53 - 1:09:14)
Agradecimentos (1:09:15 - 1:10:59 )
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-LINK do filme (trecho comentado: 01:28 - 01:40)
https://www.youtube.com/watch?v=kO-pxO7HVro

-LINK do Tactical Room - FPS ou FDP
http://tacticalroom.blogspot.com.br/2014/09/tacroom-fps-ou-fdp-relacao-entre-ambos.html


Força & Honra!

Aranha

quarta-feira, 1 de julho de 2015

[TACROOM] ENTÃO VOCÊ QUER SE JUNTAR A UMA EQUIPE? - por Rock Hands*




HOP!

Aproveitando o ensejo de que no último Tactical Talk 3 nós tratamos do assunto "Equipes", o camarada Rock Hands* (membro de umas das equipes de Airsoft mais antigas do país, o GOAT, de Santa Catarina) trouxe, de forma bem humorada, sua contribuição para o tema!

Aliás, antes que me esqueça: Mr. Rock Hands também é "conhecido" pelas inúmeras "montagens satíricas" (cujo o tema é o Airsoft) disponibilizadas nas redes sociais! Lembram-se do: "Não paintibolize o Airsoft"? É dele! :-P

Muito obrigado pela participação por essas bandas, camarada!

Agora, além do Marcelo Utsch e do Marcelo Quicksilver, temos também o Rock Hands disponibilizando texto - de própria autoria-  por essas bandas, o que pra nós é motivo de felicidade!

Aproveitamos para lembrar a todos que o espaço está aberto e disponível!

PARTICIPEM! 

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Então você quer se juntar a uma equipe? 
Aqui estão algumas perguntas para o seu processo de decisão:


1. Você precisa de uma equipe?

Muitas pessoas jogam airsoft, apaixonam-se com o esporte, investem e, em seguida, rapidamente percebem que eles querem (ou precisam) de uma equipe. 

Se você é um jogador esporádico, um peladeiro que curte o esporte apenas pela adrenalina do “matar e morrer”, ter uma equipe não é vital.

Mas se seu objetivo vai bem além do de apenas rachar a gasolina, ou seja, conseguir cumprir missões em jogos de airsoft, então, talvez a melhor aposta seja juntar-se a outros jogadores e, ai sim, agir como uma equipe vai te ajudar potencializar o cumprimento de missões.

Se você decidir que quer se juntar a uma equipe, aqui está algumas outras coisas a considerar.


2. Qual é o seu estilo?

Olhe para você mesmo, do que você gosta, e procure uma equipe onde você possa ser útil e que isso te satisfaça.

Não adianta querer entrar para uma equipe com característica mais atlética ou que encene os Navy SEALs se você não tem essa aptidão ou não curte isso, só vai se frustrar, frustrar a equipe e ambos perderão tempo dentre outras coisas.

Você será o cara chato, o cara que não acompanha, só um número ou um peso morto.

Imagina, você é o cara de uma equipe SEAL, mas não quer gastar dinheiro pq acha caro os equipamentos padrão SEAL...



                                                         ...ou curte outros loadouts.


E você não sabia que seria assim antes de se juntar a equipe?


3. Quais são as expectativas da equipe?

Informe-se antes, não entre por amizade apenas, saiba onde esta se metendo, quais são as regras, conte com isso.

Às vezes a pessoa entra em uma equipe por amizade ou sei lá o motivo, mas a equipe não tem as características que ela pretendia no airsoft.





Um exemplo é que tem equipe que não viaja para jogos ou só joga jogo local, nada errado com isso, mas se você quer exatamente o contrário, jogar só “fora”, então vai acabar jogando sozinho nos eventos de “fora”.

Você precisaria estar nesta equipe para isso?


4. Períodos experimentais são vitais?

Não entre para uma equipe antes de jogar com a equipe e sem conhecer as pessoas que formam essa equipe.

Uma "equipe" tem que realmente estabelecer a unidade.

Na foto tudo é muito bonito, mas você só vai ter certeza depois de jogar o airsoft para saber como é, entender como funciona, e depois jogar e andar junto com uma equipe, para saber se eles realmente são o que você imaginava para uma equipe, e ai sim, ter experiência suficiente para tomar a decisão de ingressar ou não em determinada equipe.





Senão você vai correr o risco de entrar para uma equipe, assumir uma responsabilidade e depois pedir pra sair.


5. Você esta preparado para obedecer durante o jogo?

Se você quiser ser eficiente em uma equipe, você precisa correr junto, entrosar-se.





Você é uma corda do piano, que se desafinada pode estragar a música.

Isso significa que você tem que atirar, mover, comunicar e etc 100% no padrão estabelecido. (O treinamento certo em conjunto é essencial) 

E por isso, eventualmente, é necessário ter um líder previamente estabelecido, assim como em qualquer esporte coletivo, alguém que chame, ouça, organize e decida, ou seja, alguém para dar ordens, para guiar a equipe, e essa pessoa deve ser ouvida, pois em combates de airsoft não há tempo para votação democrática para cada situação. Ninguém vai pausar o jogo para decidir com cada membro o que se deve fazer.





Então, se você não é o líder, você tem que estar preparado para obedecer e ceder, já que agora você não deveria fazer a sua própria vontade, mas a vontade coletiva da equipe para que todos cheguem num mesmo objetivo.

Obs:




Nem toda equipe conta com jogadores residentes na mesma cidade/estado/país e grande maioria das equipes não participam dos jogos com todos os membros, por vários motivos, obviamente, nem todos têm a mesma disponibilidade de data para eventos.

Isso é normal e mesmo assim, se todos souberem e treinarem as condutas estabelecidas pela equipe, todos conseguirão manter o entrosamento aceitável, que apesar de não ser o estado de excelência, é o suficiente para que os membros consigam jogar juntos como uma unidade.



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